Nas mãos de Adriano Ramos, proprietário e chefe do Dona Flor, o cardápio do bar ganhou – para nosso deleite – novos petiscos.
| Bar Dona Flor – Maio de 2015
As novidades superaram nossas expectativas e surpreenderam todo o time de profissionais, conhecedores do assunto, que dividimos a mesa em noite de provas.
Para nós, a arte da boa mesa resulta da culinária de boa qualidade, da simplicidade e também da ótima acolhida dos anfitriões – que aqui agradecemos – Adriano Ramos e Érika Soares.
Ao longo da noite fomos apresentados a uma sucessão de acepipes que não paravam de sair da cozinha do Dona Flor, sem tréguas. Abrimos com as deliciosas Canoas de abobrinha – recheadas com requeijão e bacon, gratinadas com muçarela e parmesão – já tradicionais no cardápio. Seguimos com o Pêssego do chef – uma inacreditável combinação de pêssego recheado com requeijão, peito de peru defumado e ervas. Entre chopes, cervejas e drinques – destaque para a caipirosca de pimenta dedo de moça, gengibre e limão (para os fortes!), experimentamos a porção de bolinhos de arroz com alho poró e camarão, escoltados com um molho curry arrebatador.
Calma que vem mais: lanche de caponata (dica para os vegetarianos) com antepasto de berinjela, rúcula, requeijão, tudo no pão ciabatta em corte boca-de-anjo e, para completar, o Mini hambúrguer do chef (que de mini não tinha nada) – porção com quatro hambúrgueres de fraldinha, com muçarela, provolone, alface, tomada, cebolas carameladas no pão australiano, acompanhados de fritas.
Fechamos com uma cumbuca de lentilha com costelinha desfiada e ainda teve espaço para a sobremesa!
No bar, onde as fronteiras da gastronomia não são tão evidentes, celebramos o prazer de comer e aprendemos a apreciar o talento que une técnica a um aprendizado que poderíamos considerar emocional. No Dona Flor, Adriano Ramos acertou a mão – o rigor no preparo e uma culinária de qualidade, sem deixar de lado a tradição da comida de boteco e as heranças da cozinha de sua mãe, lá das terras de Goiás. Assim, conquistou nossos estômagos.
E como nossa equipe não costuma arredar o pé antes das últimas cadeiras serem viradas, tivemos o privilégio de fechar a noite papeando com o chefe que, mesmo depois de tanto trabalho, teve a paciência de explicar técnicas e artimanhas da preparação dos petiscos: bom de comer é bom de saber.
A última cena que lembramos? Adriano se despedindo na porta do bar enquanto um dos cumbuqueiros dizia com lágrimas nos olhos: “Adriano – em toda nossa história, nunca havíamos rendido homenagens a um mini-hambúrguer”. Foi merecido!
Ficamos de voltar em outra noite para experimentarmos a fritada de ovo caipira com alho, cebola, manjericão, azeitona preta, tomate e três queijos; e a linguiça de arreio, feita com carne bovina e toucinho..
BAR DONA FLOR
Rua Rafael Sales, 828, Castelo – Campinas
Tel. 3342.4117
